sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nunca mais.

- Apenas quero saber porquê faz isso. Por que rebaixar alguém? O que há de engraçado ver outros sofrerem? O que você ganha com isso? Por que me faz sentir mal? Qual é o meu problema? Ou melhor, o seu problema? Onde, exatamente, você quer chegar? Por que me chamar assim ou assado? Tenho um nome, tenho um ideal, tenho sonhos. Assim como você. Mas ao contrário, não preciso pisar em alguém para me lembrar de quem eu sou e para onde vou.
Soltou as palavras rápido demais, mais até do que imaginara. Olhando para o rosto daquele que ao menos merecia sua atenção, pôde notar o olhar de susto, surpresa. Balançou a cabeça, vendo que tudo o que falara foi em vão, afinal ninguém deixa de ser o que é; Virou-se caminhando em direção ao portão de saída no lado oposto do corredor.
Deu um passo, dois, três.
Parou.
Não podia deixar suas palavras pairando naquele lugar.
Voltou a caminhar. Podia sim.
- Não vale a pena perder meu tempo com gente assim. Nunca mais. - Gritou ao passar pelo portão, que pretendia nunca mais abrir.

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